mais uma tradução caseira da lebre
Portas trancadas
Para os anjos que habitam esta cidade,
Ainda que a sua forma mude constantemente,
todas as noites deixamos algumas batatas frias
e uma tigela de leite no parapeito.
Geralmente eles habitam o céu onde,
a propósito, não são permitidas lágrimas.
Eles empurram a lua à volta como
Um inhame cozido
A via láctea é a sua galinha
com os seus muitos filhos.
Quando é noite as vacas deitam-se
mas a lua, esse grande touro,
fica em pé.
No entanto, há lá um quarto trancado
com uma porta de ferro que não pode ser aberta.
Tem lá dentro todos os teus sonhos maus.
É o inferno.
Há quem diga que o diabo fecha a porta
por dentro.
Há quem diga que os anjos a trancam por fora.
As pessoas lá dentro não têm água
E não lhes é permitido tocar
Racham-se como macadame.
São mudas.
Não gritam socorro
excepto dentro
onde os seus corações estão cobertos de larvas
Eu gostaria de destrancar essa porta,
rodar a chave ferrugenta
e segurar cada caído nos meus braços
mas não posso, não posso.
Eu apenas me posso sentar aqui na terra
no meu lugar à mesa.
Anne Sexton
Monday, April 11, 2005
Thursday, April 7, 2005
Tradução caseira da lebre
Coisas que despertam uma memória querida do passado
Malva seca. Objectos usados na Festa das Bonecas. Descobrir um pedaço de tecido violeta escuro ou cor de uva no meio das páginas de um caderno.
Chove e estamos aborrecidos. Para passar o tempo revemos papéis velhos e descobrimos as cartas de um homem por quem já estivemos apaixonadas.
O leque de papel do ano passado. Uma noite de luar.
Sei Shonagon
Coisas que despertam uma memória querida do passado
Malva seca. Objectos usados na Festa das Bonecas. Descobrir um pedaço de tecido violeta escuro ou cor de uva no meio das páginas de um caderno.
Chove e estamos aborrecidos. Para passar o tempo revemos papéis velhos e descobrimos as cartas de um homem por quem já estivemos apaixonadas.
O leque de papel do ano passado. Uma noite de luar.
Sei Shonagon
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